sábado, 8 de fevereiro de 2014

Empreendedor X Colaborador - Em que lado ficar?

Empregado ou empresário: que tal os dois?


Empreendedorismo. Eis aqui um exemplo de palavra que muita gente acha que sabe o que significa: abrir um negócio próprio. No entanto, eu gostaria de propor uma abordagem um pouco mais ampla sobre esta definição.

Todos os dias vemos novos negócios pipocando pela cidade. Igualmente, todos os dias vemos empresas fechando na cidade. Esta é a dura realidade. Para cada 100 novas empresas abertas, 56 não chegam a completar sequer 3 anos de vida, segundo estudo da Sebrae. Esta alta taxa de mortalidade se deve à má preparação dos tais 'empreendedores'. A maioria tem até boas ideias, mas não sabe estruturá-las na forma de um plano abrangente, real e eficaz. Outros são bons geradores de ideias, mas péssimos administradores. Há ainda os que têm tudo para conduzir um bom negócio, mas carecem dos recursos financeiros para tal empreitada. Somente quem se aventura a iniciar um negócio próprio tem ideia das dificuldades que surgem no caminho. Problemas com sócios, de relacionamento, financeiros, de inadimplência, de decisões erradas por falta de informação e preparo etc.
As dificuldades em ter um negócio próprio nem sempre justificam os benefícios como realizar um sonho, conquistar a independência financeira ou ter mais tempo para o lazer e a família. Muitos empreendedores acabam se arrependendo depois de uma tentativa sem sucesso e voltam para o modelo tradicional de emprego com carteira assinada, na busca de uma maior segurança.
 Ser funcionário e dono do próprio negócio: sim, isso é possível (Imagem: Thinkstock)

Chegar ao sucesso sendo empresário é hoje tão difícil quanto chegar ao topo das organizações.
A maioria das pessoas tem a ilusão de que há mais chances de ser um empresário de sucesso porque acreditam que é um caminho que só depende de sua competência. Em primeiro lugar, esta competência é questionável, uma vez que as habilidades exigidas de um empresário são diferentes das habilidades exigidas em uma função específica no trabalho. A pessoa só vai saber se é competente como empresário quando passar pela experiência. Em segundo lugar, a dependência de outras pessoas aumenta ao invés de diminuir, pois ele passa a depender de clientes, fornecedores, funcionários, governo, contador, advogado etc.
O funcionário também tem dificuldades para fazer bem o seu trabalho. Frequentemente se vê limitado em muitas situações no exercício de sua função. Ele nem sempre pode implementar suas ideias pois se vê podado nas suas iniciativas. Quando se sobressai parece ameaçar outras pessoas, principalmente o próprio chefe. Na falta de liberdade, este tipo de funcionário acaba saindo da empresa para constituir seu próprio negócio. Por outro lado, comparado com a aventura de ter um negócio próprio, ele tem muitas vantagens: tem um salário fixo e garantido todo mês, além dos benefícios; pode usar a estrutura da empresa para tocar seus projetos, que inclui máquinas, equipamentos, pessoas e conhecimento; atua num ambiente mais controlável e conhecido.
Diante das vantagens e desvantagens de ser funcionário ou empresário a pergunta que faço é: Qual é a melhor opção de carreira? Empresário ou empregado? Embora cada alternativa tenha suas vantagens, nenhuma delas parece ser ideal, pois ambas têm suas restrições e problemas.
E por que não pensar numa alternativa híbrida? Um misto das duas? Não estou querendo dizer que você pode tocar um negócio próprio mantendo o emprego. O que eu digo é: ser empreendedor no seu próprio trabalho. As oportunidades para aproveitar o melhor dos dois mundos estão crescendo em empresas inseridas em mercados competitivos. Abra o caderno de empregos e você constatará o que estou falando. Veja quantos anúncios de emprego pedem candidatos com 'perfil empreendedor'. Talvez agora faça sentido eu dar minha própria definição de empreendedorismo: Tomar a iniciativa de conduzir um empreendimento qualquer, seja uma empresa, um negócio ou um projeto, assumindo os riscos inerentes em troca de alguma forma de recompensa. O empreendedor, sob este aspecto, pode estar em qualquer lugar, em casa, na escola, no trabalho. A partir do momento que ele decide transformar uma ideia em realidade ele já pode ser considerado empreendedor.
Com isso, entendemos que mesmo em grandes organizações tradicionais há espaço para funcionários com espírito empreendedor. Que chamam para si a responsabilidade de realizar ações de valor agregado para a organização, motivado pela satisfação pelos resultados, pelo reconhecimento ou pelo simples desafio que lhe é imposto.
Um dos mais conhecidos intra-empreendedores conhecidos é Art Fry, criador, pela 3M, dos hoje indispensáveis bloquinhos auto-adesivos conhecidos como Post-it. Uma vez fizeram a seguinte pergunta para ele:
'Porque você, com este talento criativo, suas competências e conhecimento, não saiu da 3M para abrir o seu próprio negócio?' E ele respondeu: 'Para quê? Aqui tenho uma equipe de engenheiros e técnicos à minha disposição para testar minhas ideias, tenho toda a infraestrutura necessária para conduzir meus projetos. Porque eu sairia deste ambiente para me aventurar no mundo lá fora?'
E você? Se você pensa em ter um negócio próprio, o que o levaria a sair da sua empresa para correr estes riscos? Por dinheiro? Pela realização? Pela liberdade? E se a sua empresa lhe oferecesse um pouco de tudo isso, correndo menos riscos? Você continuaria na empresa ou sairia mesmo assim?

Fonte: http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/empregado-ou-empresario-que-tal-os-dois/64793/

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Quais os desafios do empreendedorismo do século XXI


Conceitualização de empreendedor

Leite (2002, p.15 e 167)

Ser empreendedor significa ter capacidade de iniciativa, imaginação fértil para conceber as ideias, flexibilidade para adaptá-las, criatividade para transformá-las em uma oportunidade de negócio, motivação para pensar conceptualmente e a capacidade para ver, perceber a mudança como uma oportunidade. Os empreendedores são indivíduos que montam seus próprios negócios e que organizam, administram e assumem o risco do resultado do empreendimento. Os verdadeiros empreendedores criam empresas a partir de suas ideias e através de um trabalho árduo e duro.

O empreendedorismo no Brasil

Foi a partir do século XVII que os portugueses, percebendo a imensidão e o grande potencial de exploração do território brasileiro, começou a ocupar definitivamente essas terras, distribuindo-as aos cidadãos portugueses, vindos principalmente da região de Açores.
Dentre os homens que realizaram os mais diversos empreendimentos (muitos deles à custa de trabalho escravo degradante), um merece destaque: Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá. Descendente dos primeiros empreendedores portugueses, ele foi responsável pela fabricação de caldeiras de máquinas a vapor, engenhos de açúcar, guindastes, prensas, armas e tubos para encanamentos de água. Foi responsável também pelos seguintes empreendimentos:

· Organização de companhias de navegação a vapor no Rio Grande do Sul e no Amazonas;

· Implantação, em 1852, da primeira ferrovia brasileira, entre Petrópolis e Rio de Janeiro;

· Implantação de uma companhia de gás para a iluminação pública do Rio e Janeiro, em 1854;

· Inauguração do trecho inicial da União e Indústria, primeira rodovia pavimentada do país, entre Petrópolis e Juiz de Fora, em 1856.

O empreendedorismo no Brasil a partir da década de 1990 vem crescendo mediante as dificuldades sócio-econômicas que diminuíram a oferta de emprego e impulsionou a necessidade de investir no próprio negócio. Segundo pesquisa do Global Entrepeneurship Monitor – GEM, realizada em trinta e quatro países, o Brasil ocupa a sétima posição entre os países que mais empreendem número considerado alto. O Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas – SEBRAE, constatou através de pesquisa realizada em 2004 que no Brasil são constituídas em termos de quatrocentos e setenta mil novas empresas anualmente, mas 60% delas chegam à falência num período de três anos. E para o (GEM, 2005 apud PEREIRA, ARAÚJO e WOLF, 2007, p.7) 60% das limitações à prática empreendedora estão na:

• Educação e treinamento insuficientes - falta estrutura no ensino pra preparar o individuo para atuar nessa nova ordem produtiva;

• Falta de apoio financeiro – o alto custo do dinheiro, muita burocracia e exigências que dificultam o pequeno empreendedor a ter acesso ao investimento;

• Políticas governamentais inadequadas – severos encargos tributários e trabalhistas e muita burocracia.

Diante desta realidade a sociedade brasileira precisa elaborar ações para serem desenvolvidas pelas instituições responsáveis pelo desenvolvimento da nação elaborando e implantando políticas educacionais para atender as necessidades atuais, concedendo acesso ao pequeno empresário ao dinheiro para investimento a custos mais baixo, desburocratização das leis trabalhistas e uma reforma tributária que permita o ao pequeno produtor fazer investimento com garantia de sustentabilidade mercadológica. E de acordo com o SEBRAE (2004 apud PEREIRA, ARAÚJO e WOLF, 2007, p.7) as causas que levam micro e pequenas empresas fecharem no Brasil são:
Falhas gerenciais – falta planejamento na abertura de um negócio para permitir ao empresário fazer avaliação do fluxo de caixa, concorrência, potencial dos consumidores, identificarem acontecimentos econômicos e políticos que favoreça ou restrinjam o potencial de desenvolvimento da organização; Causas econômicas e conjunturais – estão relacionadas à recessão econômica no País, falta de crédito bancário, alto índice de inadimplência e falta de clientes;
Logística operacional – pode ter início mediante instalações inadequadas, carência de mão de obra qualificada; a falta de um administrador e pouco investimento em novas tecnologias;
Políticas públicas e arcabouço legal – estão relacionadas a uma carga tributária elevada, problemas com a fiscalização e dificuldade na concessão de crédito bancário.
A criação de entidades como o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e da SOFTEX (Sociedades Brasileira para Exportação de Software) na década de 1990 vêm fortalecendo o empreendedorismo no Brasil. O SEBRAE vem dando suporte na abertura de empresas e consultoria destinadas ao gerenciamento das atividades empresariais e investe na implantação de uma cultura empreendedora nas universidades brasileiras através de parcerias com outros países. E o Brasil vem somando ações que visa desenvolver programas de ensino de empreendedorismo no Brasil e segundo Dornelas apud Silveira et al (2001, p.25 e 26) temos como exemplo:

Os desafios do empreendedorismo do século XXI

Hoje vivemos um período de efervescência do capitalismo (apesar da atual crise econômica). Existe de fato uma competitividade voraz em que prevalece a lógica darwiniana da sobrevivência do mais forte e, por esse motivo, estimular o empreendedorismo é fundamental para o crescimento econômico de uma nação. Embora existam inúmeros exemplos de empreendedores brasileiros, o país ainda caminha a passos lentos rumo ao fortalecimento do empreendedorismo como uma cultura nacional.
Não podemos negar que existem iniciativas louváveis de fomento ao empreendedorismo, principalmente na forma de cursos. Mas ainda faltam muitos investimentos, públicos e privados, para pesquisas científicas no mundo acadêmico. O Brasil também está muito atrás, por exemplo, com relação ao número de patentes.
É preciso um conjunto de medidas que fortaleçam esse conceito. Governo e organizações devem se unir para elaborar um sistema de desenvolvimento do empreendedorismo, com incentivos fiscais, desenvolvimento de novos cursos, fortalecimento de pesquisas científicas e formalização de patentes, estímulo da cultura empreendedora em regiões mais remotas, etc. Não é uma caminho muito difícil de ser trilhado, basta apenas muita força de vontade.




fonte: http://www.administradores.com.br/

domingo, 26 de janeiro de 2014

AS MUDANÇAS

A cada dia, a cada hora, a cada ano, a sociedade se transforma. Com uma população atual próximo de 7 bilhões de habitantes, o Planeta passa por uma série de ocorrências que variam desde a sociedade Mosaico / Pluralista ao esgotamento da sociedade industrial, passando pela aldeia da globalização até chegar à vigorosa sociedade do conhecimento e da informação. Inúmeras inovações e transformações que vão tomando forma e moldando o que conhecemos atualmente. Com a abertura comercial e a globalização, houve a democratização da informação, a concorrência agora não é mais pela quantidade e sim pela qualidade. Nas ultimas décadas muitas foram, as mudanças que ocorreram, nos diversos campos da sociedade, muitos paradigmas foram quebrados e muitos outros foram criados.

Área tecnológica > O desenvolvimento tecnológico nessas ultimas décadas foram muito maiores do que em toda a história da humanidade, os efeitos de tamanho desenvolvimento são nitidamente percebíveis. Ex.: As telecomunicações, informatização das empresas, novos equipamentos, novos produtos, a Internet, que por sua vez tornou-se o maior e mais rápido meio de informação e de comunicação.

Área empresarial > As organizações diante de tais acontecimentos se viram na necessidade de adequar-se a esse novo contexto. Novos equipamentos, novos processos, novos softwares, novos conceitos gerenciais, em fim, toda uma estrutura para poder manter-se nesse mercado, que se tornou tão competitivo. Em contrapartida as pessoas que estão inseridas nesse meio precisam compreender e adequar-se a essas mudanças, pois de nada vale ter os melhores equipamentos se não tiver quem os operem de maneira efetiva. Fazendo um breve paralelo entre o desenvolvimento da sociedade e o mercado de trabalho, vemos que há uma acentuada mudança quando o assunto é pessoas. Antes, somente a força física era valorizada, para trabalhos braçais, atualmente com a evolução da informação, do conhecimento e dos equipamentos, o que as empresas buscam e valorizam são as pessoas que detenham maior capacidade de raciocínio e inteligência, convertidos em prática. (é a valorização do capital intelectual).

Visão global, liderança, gerenciamento de conflitos, abertura às mudanças, a busca e a transmissão de conhecimento, criatividade, inteligência emocional, são algumas características exigidas por esse novo mercado de trabalho.Com quadros de funcionários cada vez mais enxutos e objetivos cada vez mais desafiadores, a busca pela maximização de lucros e minimização de custos, faz com que esses profissionais se tornem cada vez mais difíceis de serem encontrados nesse atual mercado de trabalho.

Esse monumental desfile de transformações está modificando as características do mundo, da sociedade, das empresas e das pessoas.