sábado, 1 de fevereiro de 2014

Quais os desafios do empreendedorismo do século XXI


Conceitualização de empreendedor

Leite (2002, p.15 e 167)

Ser empreendedor significa ter capacidade de iniciativa, imaginação fértil para conceber as ideias, flexibilidade para adaptá-las, criatividade para transformá-las em uma oportunidade de negócio, motivação para pensar conceptualmente e a capacidade para ver, perceber a mudança como uma oportunidade. Os empreendedores são indivíduos que montam seus próprios negócios e que organizam, administram e assumem o risco do resultado do empreendimento. Os verdadeiros empreendedores criam empresas a partir de suas ideias e através de um trabalho árduo e duro.

O empreendedorismo no Brasil

Foi a partir do século XVII que os portugueses, percebendo a imensidão e o grande potencial de exploração do território brasileiro, começou a ocupar definitivamente essas terras, distribuindo-as aos cidadãos portugueses, vindos principalmente da região de Açores.
Dentre os homens que realizaram os mais diversos empreendimentos (muitos deles à custa de trabalho escravo degradante), um merece destaque: Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá. Descendente dos primeiros empreendedores portugueses, ele foi responsável pela fabricação de caldeiras de máquinas a vapor, engenhos de açúcar, guindastes, prensas, armas e tubos para encanamentos de água. Foi responsável também pelos seguintes empreendimentos:

· Organização de companhias de navegação a vapor no Rio Grande do Sul e no Amazonas;

· Implantação, em 1852, da primeira ferrovia brasileira, entre Petrópolis e Rio de Janeiro;

· Implantação de uma companhia de gás para a iluminação pública do Rio e Janeiro, em 1854;

· Inauguração do trecho inicial da União e Indústria, primeira rodovia pavimentada do país, entre Petrópolis e Juiz de Fora, em 1856.

O empreendedorismo no Brasil a partir da década de 1990 vem crescendo mediante as dificuldades sócio-econômicas que diminuíram a oferta de emprego e impulsionou a necessidade de investir no próprio negócio. Segundo pesquisa do Global Entrepeneurship Monitor – GEM, realizada em trinta e quatro países, o Brasil ocupa a sétima posição entre os países que mais empreendem número considerado alto. O Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas – SEBRAE, constatou através de pesquisa realizada em 2004 que no Brasil são constituídas em termos de quatrocentos e setenta mil novas empresas anualmente, mas 60% delas chegam à falência num período de três anos. E para o (GEM, 2005 apud PEREIRA, ARAÚJO e WOLF, 2007, p.7) 60% das limitações à prática empreendedora estão na:

• Educação e treinamento insuficientes - falta estrutura no ensino pra preparar o individuo para atuar nessa nova ordem produtiva;

• Falta de apoio financeiro – o alto custo do dinheiro, muita burocracia e exigências que dificultam o pequeno empreendedor a ter acesso ao investimento;

• Políticas governamentais inadequadas – severos encargos tributários e trabalhistas e muita burocracia.

Diante desta realidade a sociedade brasileira precisa elaborar ações para serem desenvolvidas pelas instituições responsáveis pelo desenvolvimento da nação elaborando e implantando políticas educacionais para atender as necessidades atuais, concedendo acesso ao pequeno empresário ao dinheiro para investimento a custos mais baixo, desburocratização das leis trabalhistas e uma reforma tributária que permita o ao pequeno produtor fazer investimento com garantia de sustentabilidade mercadológica. E de acordo com o SEBRAE (2004 apud PEREIRA, ARAÚJO e WOLF, 2007, p.7) as causas que levam micro e pequenas empresas fecharem no Brasil são:
Falhas gerenciais – falta planejamento na abertura de um negócio para permitir ao empresário fazer avaliação do fluxo de caixa, concorrência, potencial dos consumidores, identificarem acontecimentos econômicos e políticos que favoreça ou restrinjam o potencial de desenvolvimento da organização; Causas econômicas e conjunturais – estão relacionadas à recessão econômica no País, falta de crédito bancário, alto índice de inadimplência e falta de clientes;
Logística operacional – pode ter início mediante instalações inadequadas, carência de mão de obra qualificada; a falta de um administrador e pouco investimento em novas tecnologias;
Políticas públicas e arcabouço legal – estão relacionadas a uma carga tributária elevada, problemas com a fiscalização e dificuldade na concessão de crédito bancário.
A criação de entidades como o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e da SOFTEX (Sociedades Brasileira para Exportação de Software) na década de 1990 vêm fortalecendo o empreendedorismo no Brasil. O SEBRAE vem dando suporte na abertura de empresas e consultoria destinadas ao gerenciamento das atividades empresariais e investe na implantação de uma cultura empreendedora nas universidades brasileiras através de parcerias com outros países. E o Brasil vem somando ações que visa desenvolver programas de ensino de empreendedorismo no Brasil e segundo Dornelas apud Silveira et al (2001, p.25 e 26) temos como exemplo:

Os desafios do empreendedorismo do século XXI

Hoje vivemos um período de efervescência do capitalismo (apesar da atual crise econômica). Existe de fato uma competitividade voraz em que prevalece a lógica darwiniana da sobrevivência do mais forte e, por esse motivo, estimular o empreendedorismo é fundamental para o crescimento econômico de uma nação. Embora existam inúmeros exemplos de empreendedores brasileiros, o país ainda caminha a passos lentos rumo ao fortalecimento do empreendedorismo como uma cultura nacional.
Não podemos negar que existem iniciativas louváveis de fomento ao empreendedorismo, principalmente na forma de cursos. Mas ainda faltam muitos investimentos, públicos e privados, para pesquisas científicas no mundo acadêmico. O Brasil também está muito atrás, por exemplo, com relação ao número de patentes.
É preciso um conjunto de medidas que fortaleçam esse conceito. Governo e organizações devem se unir para elaborar um sistema de desenvolvimento do empreendedorismo, com incentivos fiscais, desenvolvimento de novos cursos, fortalecimento de pesquisas científicas e formalização de patentes, estímulo da cultura empreendedora em regiões mais remotas, etc. Não é uma caminho muito difícil de ser trilhado, basta apenas muita força de vontade.




fonte: http://www.administradores.com.br/

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